11/05/2012

O emprego do HÍFEN com o novo Acordo ortográfico


Como fica o emprego do HÍFEN com o novo Acordo ortográfico?
As alterações no emprego do hífen têm por objetivo diminuir a dificuldade que muitos têm na hora de utilizá-lo. Vejamos o que mudou de acordo com as novas regras ortográficas:

Não se emprega o hífen:

1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se em r ou s. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes:

antirreligioso,
contrarregra,
infrassom,
microssistema,
minissaia,
microrradiografia, etc.

2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente:

antiaéreo,
extraescolar,
coeducação,
autoestrada,
autoaprendizagem,
hidroelétrico,
plurianual,
autoescola,
infraestrutura, etc.

3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos des- e in- e o segundo elemento perdeu o h inicial:

desumano,
inábil,
desabilitar, etc.

4. Nas formações com o prefixo co-, mesmo quando o segundo elemento começar com o:

cooperação,
coobrigação,
coordenar,
coocupante,
coautor, coedição,
coexistir, etc.

5. Em certas palavras que com o uso adquiriram noção de composição:

pontapé,
girassol,
paraquedas,
paraquedista, etc.

6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”:

benfeito,
benquerer,
benquerido, etc.

Emprega-se o hífen:
1. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por h:

sub-hepático,
eletro-higrómetro,
geo-história,
neo-helênico,
extra-humano,
semi-hospitalar,
super-homem.

2. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal do segundo elemento:

micro-ondas,
eletro-ótica,
semi-interno,
auto-observação, etc.

Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros termos:

reaver,
inábil,
desumano,
lobisomem,
reabilitar.

Para não gerar dúvidas, vejamos os casos mais comuns do uso do hífen que continua o mesmo depois do reforma ortográfica:

1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem para formam um novo significado:

tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.

2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas:

couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, erva-do-chá, abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.

3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem:

além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado, aquém-fiar, etc.

4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem consagradas pelo uso:

cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou ocasionais:

Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-Lorena, etc.

6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo que é iniciado por r:

hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.

7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-:

ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.

8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:

pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.

9. Na ênclise e mesóclise:

amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.

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