Como fica o emprego do HÍFEN com o
novo Acordo ortográfico?
As
alterações no emprego do hífen têm por objetivo diminuir a dificuldade que
muitos têm na hora de utilizá-lo. Vejamos o que mudou de acordo com as novas
regras ortográficas:
Não se emprega o hífen:
1. Nas formações em que
o prefixo ou falso prefixo termina
em vogal e o segundo termo inicia-se
em r
ou s. Nesse
caso, passa-se a duplicar estas consoantes:
antirreligioso,
contrarregra,
infrassom,
microssistema,
minissaia,
microrradiografia,
etc.
2. Nas constituições em
que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente:
antiaéreo,
extraescolar,
coeducação,
autoestrada,
autoaprendizagem,
hidroelétrico,
plurianual,
autoescola,
infraestrutura,
etc.
3. Nas formações, em
geral, que contêm os prefixos des- e in- e o segundo elemento perdeu o h inicial:
desumano,
inábil,
desabilitar,
etc.
4. Nas formações com o prefixo co-, mesmo quando o segundo elemento
começar com o:
cooperação,
coobrigação,
coordenar,
coocupante,
coautor,
coedição,
coexistir,
etc.
5. Em certas palavras
que com o uso adquiriram noção de composição:
pontapé,
girassol,
paraquedas,
paraquedista,
etc.
6. Em alguns compostos
com o advérbio “bem”:
benfeito,
benquerer,
benquerido,
etc.
Emprega-se o hífen:
1. Nas formações em que
o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por h:
sub-hepático,
eletro-higrómetro,
geo-história,
neo-helênico,
extra-humano,
semi-hospitalar,
super-homem.
2. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal do segundo elemento:
2. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal do segundo elemento:
micro-ondas,
eletro-ótica,
semi-interno,
auto-observação,
etc.
Obs: O hífen é suprimido
quando para formar outros termos:
reaver,
inábil,
desumano,
lobisomem,
reabilitar.
Para não gerar dúvidas, vejamos os
casos mais comuns do uso do hífen que continua o mesmo depois do reforma
ortográfica:
1. Em palavras compostas
por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se
unem para formam um novo significado:
tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel,
segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,
azul-escuro.
2. Em palavras compostas
por espécies botânicas e zoológicas:
couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, erva-do-chá, abóbora-menina,
erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com
elementos além,
aquém,
recém
e sem:
além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado, aquém-fiar,
etc.
4. No geral, as locuções
não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem consagradas
pelo uso:
cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia,
água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de
vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
históricas ou ocasionais:
Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-Lorena, etc.
6. Nas formações com os
prefixos hiper-,
inter- e super- quando associados com outro termo que é
iniciado por r:
hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os
prefixos ex-,
vice-:
ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
8. Nas formações com os
prefixos pós-,
pré-
e pró-:
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
9. Na ênclise e
mesóclise:
amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei,
falar-lhe-ei, etc.